Devo ter medo se sentir a tua ausência?
Eu sou tão contraditória… Juro que tentei me entregar à minha ‘insanidade’, mas o medo, talvez, veio para trazer o meu juízo novamente. Eu me senti realmente segura em teus braços, e algumas vezes senti que talvez você estivesse limpando os vestígios de um outro sentimento, e ri comigo mesma não deixando que isso acontecesse. Eu tentei diversas vezes ser fria, mas você é tão quente que não pude me conter. Agora minha consciência é roubada e me faz te querer mais e mais.
Quero acordar ao teu lado ouvindo suas palavras doces, sentindo o calor do teu corpo. Mas eu estou cansada desse lance de sofrer, desse lance de me decepcionar ou me sentir novamente ‘vazia’. Eu sei que tudo tem um fim, a vida, por exemplo, é um. Mas o fim na maioria das vezes é violento demais com minha sensibilidade… Como se pune quem causa uma ferida que não está exposta? Talvez eu precise ficar sozinha, preciso pensar, eu não quero viver a minha vida pela metade, e não se pode amar pela metade. Às vezes penso que o certo seria deixar de lado todas essas peças de amor quebradas, mas o egoísmo se manifesta logo em seguida na falta que faz ter alguém me sustentando. Somos prisioneiros dos nossos próprios sentimentos. E eu estou prisioneira da minha própria indecisão. Não permitirei meu coração causar tanta miséria, não quebrarei a maneira que você mesmo fez… Meu coração não pode quebrar enquanto não está igualmente inteiro para começar. Eu assisti diversas vezes a minha própria morte, e agora, esse trauma vem me atormentando, vem me fazer pestanejar e cambalear na linha dos meus pensamentos. Meu destino é tão incerto, e você é tão seguro… Eu não consigo ir mais longe que isso, porque cicatrizes me impedem. Então chegue mais perto, me encontre no meio do caminho e me faça segura de que é de você que eu preciso, se aproxime, me enterre, venha me destruir, nem sempre é fácil
Nenhum comentário:
Postar um comentário